Malu Fontes
Nos percurso histórico cultural do corpo, passamos por uma série de fatores que culminam com a busca de um corpo perfeito e considerado canônico, de uma beleza muitas vezes inviável para a grande parte da população. E nessa busca pelas características de um padrão físico tido como “ilustrativo da corporeidade canônica contemporânea” a mídia impressa e televisiva tem papel importantíssimo desde quanto é ela a principal via de exposição desse corpo canônico, desejável por todos neste caso homens, mulheres, adolescentes e crianças é a representação da beleza, saúde, do bem-estar e da potencialização deste corpo.
Nesse contexto temos que ser magros, altos, ter uma pele limpa, o cabelo liso e sedoso, para isso temos que buscar práticas que resultem na beleza vigente. Essas práticas muitas vezes requerem altos recursos financeiros, que devem alterar o corpo real para o corpo ideal. Mas o que vem a ser esse ideal? Talvez seja ser jovem sempre, sem nunca envelhecer, pois o que é velho perde o vigor e a sua função na vida. Na busca incessante pelo belo, pela harmonia de volumes, linhas, curvas e formas, muitas pessoas tendem a transformarem seus corpos das mais diversas maneiras, sejam elas com o ajuda de diversas tecnologias do corpo, medicina, ou com práticas clandestinas. Na verdade o importante é estar “belo” e ”não gordo”. Se o corpo é dissonante disto deve ser modificado até a perfeição, e nada, além disso, será considerado como normal, se for deficiente que coloque uma prótese para que este corpo se torne o mais perto possível dos padrões midiáticos.
Artigo contido no livro Corpos mutantes: ensaios sobre novas (d) eficiências corporais / organizado por Edvaldo souza Couto e silvana Vilodre Goellner-2.ed.- Porto Alegre:Editora da UFRGS,2009.
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